Olá, queridos leitores!
Hoje trago a informação de um artigo apresentado durante o Congresso Internacional de Nutrição Clínica Funcional deste ano.
Este artigo sugere que a exposição da mãe, à doses baixíssimas, de bisfenol-A durante a gestação poderia aumentar a preferência da criança pelo sabor doce, o que pode levar à obesidade e outras inúmeras complicações. Ou seja: a gentante tem um papel importantíssimo no hábito alimentar futuro do seu filho já durante a gestação!
O bisfenol-A (BPA), como observado em um post antigo aqui no blog, é um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente, extremamente comum entre os policarbonatos empregados em embalagens de alimentos. Ele também é um dos componentes da resina epóxi presente, por exemplo, no revestimento interno de latas. No caso de aquecimento dos potes e demais embalagens plásticas, a contaminação por BPA é ainda maior.
Especificamente o BPA é encontrado em embalagens plásticas para acondicionar alimentos na geladeira, copos infantis, garrafas reutilizáveis de água (“sweeze”), materiais médicos e dentários e no revestimento interno de enlatados.
Muitas mamadeiras continham em sua composição o BPA. Recentemente, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização de mamadeiras com bisfenol A no Brasil. As empresas terão 90 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União, para paralisar a fabricação e até o dia 31 de dezembro de 2011 para vender os produtos que estão estocados. Esta medida já foi adotada em outros locais, como Canadá e na União Européia. Cumprido ou não, é um grande passo para nós, brasileiros, diminuirmos esta exposição, que já iniciava nos primeiros meses de vida.
A exposição às toxinas do nosso ambiente hoje é um fato inegável, e seria ipossível viver em uma bolha para fugirmos disso; mas com pequenas atitudes podemos reduzir bastante esta exposição! Evitar o uso de garrafinhas pláticas (preferir vidro ou inox) e de copinhos plásticos do chá e cafezinho ao longo da rotina de trabalho, dos potes plásticos para armazenamento dos alimentos em casa, evitar comprar legumes, frutas e verduras já embalados em recipientes plásticos e/ou em filme plástico são mudanças práticas e que já reduzem a nossa exposição a esta toxina.
Fica a dica!
Um abraço,
Letícia Klempous Corrêa