Nutrição materna e composição do leite materno

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Alimentação da mãe durante a lactação: quais os pontos principais?

Que o leite materno é melhor alimento para o bebê, nós já sabemos. Mas e a alimentação da mãe? ‍resh-produce-%e2%80%a2-gourmet-dishes-%e2%80%a2-local-handicrafts

Durante a amamentação temos um segundo momento do que chamamos de Imprinting Metabólico, que é a programação metabólica do bebê. Ou seja, esse bebê é um livrinho em branco que começamos a escrever durante a gestação e continuamos sua escrita na lactação

Durante a lactação, a mulher utiliza suas reservas nutricionais – e, no caso de uma gestação adequadamente acompanhada, com orientação alimentar, avaliação de exames bioquímicos (especialmente vitamina D, B12, zinco, ferritina, hemograma, cálcio ionizável e vitamina A) e a suplementação nutricional adequada, essas reservas com certeza tem uma chance maior de estarem em equilíbrio. E haja nutriente para dar conta do desenvolvimento do bebê: durante os primeiros 4-6 meses de vida, o recém-nascido dobra o peso que obteve durante os 9 meses de gestação

E todos esses nutrientes, se consumidos em maiores quantidades e/ou suplementados, terão as suas quantidades também aumentadas no leite materno? Não é bem por aí. Um artigo deste ano publicado na revista da Associação Espanhola de Pediatria relata que alguns nutrientes não sofrem influência direta do consumo materno – dentre eles, o ferro e o cálcio. Já as vitaminas A e D, bem como a B1 e a B6, se consumidas em maiores quantidades durante a lactação, tem suas concentrações aumentadas no leite materno. ➡️ A vitamina A, inclusive, ao longo dos meses de aleitamento materno, tem os seus níveis gradativamente diminuídos no leite. Já a vitamina B6, quando em baixas reservas na mãe, aumenta o risco de dermatites e alterações neurológicas no bebê.

O consumo de PROTEÍNA também é super importante durante a amamentação, já que o seu baixo consumo REDUZ a quantidade de caseína no leite materno. E essa caseína é fundamental para a absorção de cálcio e fosfato no intestino do bebê, além de diminuir o risco de infecções gastrointestinais. Os LIPÍDEOS possuem grande variação e sofrem influência direta na lactação – daí a importância de peixes de pequeno porte e de uma possível suplementação de DHA (uma dose mínima de 250mg ao dia), contribuindo para o desenvolvimento do cérebro do bebê – que se estende até os 2 anos de vida da criança!

Já o ferro consegue, aos pouquinhos, ter as suas reservas novamente preenchidas durante o pós-parto, já que comumente nos primeiros seis meses a mãe não menstrua – além da necessidade de ferro que, na gestação, é muito grande. Entretanto, no período recente de pós-parto ou pós-cesariana (cerca de 10-15 dias), uma suplementação de ferro em dose elevada auxilia bastante, já que a perda de sangue em ambas é intensa.

Alimentação da lactante não se resume ao que diminui ou aumenta risco de cólicas no neném – apesar desse aspecto também ser muito relevante✳️
Nutrição é importante em TODOS os estágios da nossa vida – desde a vida intrauterina. Aliás, desde que somos oócito secundário e espermatozóide