A alfarroba é o fruto da alfarrobeira, uma árvore nativa do mediterrâneo, e se apresenta na forma de vagem, da onde é extraída a polpa. Esta polpa é torrada e moída, tornando-se um pó, e é muito utilizada em substituição ao cacau, principalmente para quem possui hipersensibilidade ao mesmo e por não conter estimulantes como a cafeína e/ou alergênicos, como a teobromina, ambos presentes no cacau. Além disso, possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sucrose, glucose e frutose), em torno de 38 a 45%, enquanto que o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar.
O uso da alfarroba não é algo tão moderno como muitos pensam: os Egípcios já a utilizavam há mais de 5.000 anos!
O extrato de alfarroba possui altos teores de compostos fenólicos, o que lhe atribui uma atividade antioxidante considerável. Lembrando que para garantir esta função, existem quantidades mínimas e máximas, e ainda não há nada na literatura científica especificando tais quantidades. Uma boa forma de utilização da alfarroba seria a sua farinha, que contém uma boa concentração destes compostos benéficos. Os bombons e demais produtos obtidos contendo alfarroba também são bons, mas agregam outras substâncias.
Este post não tem objetivo de tornar a alfarroba um alimento ótimo em detrimento do cacau, ok?! Apenas trazer mais uma opção de variedade para uso culinário e alternativas para combatermos a monotonia alimentar. E lembre-se: nunca experimente um novo alimento esperando texturas ou sabores semelhantes. A chance de não gostar dele fica grande! Cada alimento tem suas próprias características sensoriais!
Um abraço,
Letícia Klempous Corrêa
Fontes úteis:
Phytochemical Profile, Antioxidant and Cytotoxic Activities of the Carob Tree (Ceratonia siliqua L.) Germ Flour Extracts