E você, conhece a importância da vitamina D?

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om dia, leitores e leitoras do Reequilíbrio Orgânico! Hoje trouxe um assunto de extrema importância, e que poucas pessoas realmente prestam os devidos cuidados: os níveis de vitamina D no organismo.

A vitamina D3 (denominada também de colecalciferol) é considerada um hormônio esteróide desde a década de 60. Ela é sintetizada na pele humana pela ação da radiação UV-B, além de ser encontrada em certos alimentos, como no óleo de peixe e na gema de ovo. No sangue, a vitamina D circula ligada, principalmente, a uma proteína ligadora de vitamina D, e no fígado ela é convertida em 25-hidroxivitamina D, que representa a forma circulante em maior quantidade.

A principal função da vitamina D consiste no aumento da absorção intestinal de cálcio e na mobilização do cálcio a partir do osso, na presença do paratormônio (PTH), e aumenta a reabsorção renal de cálcio no túbulo distal. Ou seja, para garantir ossos fortes, não apenas o cálcio é necessário, mas sim vitamina D, além de magnésio, boro, cobre, manganês, vitamina K, dentre outros nutrientes. E garantir com que estes nutrientes cheguem ao seu destino final, sem desvio de função. Mas isso já é assunto para outra postagem – como sempre! Nada é tão linear e simples quanto parece, não é?

Alguns estudos mais atuais relacionam a deficiência de vitamina D com várias doenças autoimunes, incluindo diabetes melito insulino-dependente, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatóide, atribuindo à vitamina D a função de fator extrínseco capaz de afetar a prevalência de doenças autoimunes.

Para dosarmos os níveis de vitamina D e verificarmos sua adequação ou não, deve ser dosada a concentração de 25(OH)D, que representa sua forma circulante em maior quantidade, com meia-vida de cerca de duas semanas. Um profissional nutricionista ou médico poderá e deve orientar melhor acerca disso.

Entre os 30 e 35 anos de idade, a massa óssea do homem e da mulher alcança o limite máximo. Após essa idade, a perda de massa óssea começa de forma lenta e gradual para ambos os sexos, e especialmente acelerado quando a mulher chega à menopausa. Nos 5 a 6 anos seguintes à menopausa, as mulheres perdem o dobro de massa óssea (3% a 4% ao ano) em comparação aos homens da mesma idade (1% a 2% ao ano). Por isso a necessidade ainda maior de acompanhamento dos pacientes do sexo feminino nesta situação e momento de vida.

Atualmente, existe um número significativo de pessoas com deficiência de vitamina D, e, muitas vezes, este dado acaba não recebendo a devida importância e atenção. Os banhos de sol diários (sempre respeitando e entendendo as devidas precauções para isto ser feito de forma responsável) e as caminhadas ao ar livre não são mais hábitos do ser humano, especialmente o que residem nas grandes metrópoles das zonas urbanas. Atividades como caminhar, correr ou pular corda, combinadas com exercícios de força como a musculação, facilitam a retenção e fixação de cálcio pelos ossos. Daí a importância de entrar em contato com um educador físico de sua confiança e, juntos, escolherem a melhor atividade para o seu perfil de rotina, organismo, idade e estrutura física. Importantíssimo!

Fica o recado sobre a importância do assunto de hoje! Apenas uma pincelada, como permite o espaço e pela idéia do blog, mas acredito que possa ter ajudado. Qualquer dúvida, estou sempre à disposição!

Abraço,

Letícia Klempous Corrêa

Artigos úteis:

BANDEIRA, Francisco et al. Vitamin D deficiency and its relationship with bone mineral density among postmenopausal women living in the tropics. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2010, vol.54, n.2, pp. 227-232. ISSN 0004-2730.

SILVA, Bárbara C. Carvalho et al. Prevalência de deficiência e insuficiência de vitamina D e sua correlação com PTH, marcadores de remodelação óssea e densidade mineral óssea, em pacientes ambulatoriais. Arq Bras Endocrinol Metab[online]. 2008, vol.52, n.3, pp. 482-488. ISSN 0004-2730. doi: 10.1590/S0004-27302008000300008.